quarta-feira, 26 de junho de 2013

Brasil sem violência


Uma foto das muitas manifestações que, por estes dias, acontecem no Brasil. Início de um novo ciclo na vida do País?  Por ora, ninguém saberá responder...mas nada vai ser como dantes, penso. 
Continuidade de um movimento que encontra semelhanças em outros. Seja a  Primavera  Árabe,  os Indignados...que vêm sendo reproduzidos e adaptados às circunstâncias específicas de cada país, em todos eles existe um ponto comum, a revolta contra o sistema. 

Começou tudo no continente americano e nele há-de repercutir-se. Uma crise  social instalada num mundo dominado pela especulação financeira.  Refém do capitalismo, o  poder político soma e segue. Primeiro com obras de fachada produzidas à custa do bem-estar do povo, depois impondo a austeridade. Por cá, a  Europa apresenta-se entre dois grupos, sendo que a crise dos   "países pobres" alastra ao  grupo dos "ricos" que ditam a política de austeridade .Os excessos das  políticas recessivas deste mundo globalizado acabam condenados pela economia que vive da oferta e da procura.  Por isso, em Portugal, o  "patronato" tende a aproximar-se do "trabalho" na mesma contestação à política do Governo.  

Esperamos para ver como evoluem as coisas na  Europa e no mundo. Pena é que os políticos saibam pouco de História, porque dela retirariam algum conhecimento para impedir a conflitualidade e a violência...

sábado, 22 de junho de 2013

Pelo Mundo acontece...




O vídeo passou em todos  os canais.  Destas imagens ressalta a  atenção e espírito de solidariedade daqueles homens unidos na  salvação de uma  menina de dois anos...
Em contraponto, em Itália, viu-se a indiferença pelo sofrimento do outro.  Cenário praia: duas pessoas mortas por afogamento permanecem no areal cobertas por um lenço, enquanto,  a seu lado, um grupo de jovens (e não só) continuam a jogar. Desnecessários  comentários para estas cenas chocantes de desprezo pela vida. Só mais um pormenor, todas as vítimas eram estrangeiras....

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Autarcas-dinossauros, até quando vão durar?



Aqui está um dos muitos autarcas-dinossauros que, não sendo dos mais antigos,  assume uma vontade férrea de prosseguir. Sob o lema de "custe o que custar",  não desistem de procurar um lugarzinho  numa câmara ou freguesia, cientes dos seus dotes de boa gestão. Nada os demove de tais propósitos, nem legislação, nem a recusa de um qualquer Tribunal ( até mesmo a Relação). Tanta vontade e  ambição do poder gera desconfiança. Mas se  nada nem ninguém de bom senso trava esta sede de poleiro, existe  sempre  uma outra forma de os impedir, não votando neles . ..

sábado, 15 de junho de 2013

Lisboa de outrora...




Uma visita virtual a Lisboa antes de 1755.  Esta pode ser a motivação para um passeio "real" pela cidade que, por estes dias, vive em festa.  E, caminhando sempre  pela zona ribeirinha, entrar no Museu do Azulejo na Madre de Deus, onde nos espera uma outra  Lisboa... desta vez,  num grande painel de azulejo. 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Alunos, professores e greve aos exames


A situação de exame será sempre um acontecimento em qualquer idade. Conselhos repetidos ao longo de gerações alertam para a preparação atempada e muita tranquilidade. Recomenda-se  calma, em especial  nos dias que precedem a  prova.  Lembro-me do meu tempo de estudante e da "concentração" em  véspera de exame, recusando estudar acompanhada.  Quanto muito um telefonema de um colega, pela hora de jantar, antes de dormir. Esse era o dia de passar os olhos pelos apontamentos ou consultar um assunto com particular atenção...

Por estes tempos de crise,  a  Escola  não foge à regra.  Atiram-se as culpas aos  professores, responsabilizando-os por todos os males da sociedade, esquecendo que a Escola é o reflexo da sociedade que somos. Culpados somos todos nós, portanto. À austeridade e mais exigências respondem os  professores com a ameaça de greve aos exames. Divididos  entre o estudo e os boatos, os alunos vivem horas de inquietação, sem saber o que vai  acontecer no dia 17. Também os professores andam nervosos, repartidos entre a sua condição profissional e de de pais, pesando os prós e os contras da razão e do coração. Indecisos andam até à  próxima segunda-feira, enquanto  alunos e famílias,  professores e sindicatos,  governantes e opinadores políticos falam e discutem argumentos. Que sejam ultrapassados,  espera-se.

Os prejuízos imediatos recaem sobre os alunos. Falo por experiência própria, porque vivi na Faculdade, em 1962,  uma situação dessas.  A greve dos alunos arrastava-se desde Abril, prejudicando as frequências e provas que antecediam os exames finais. Conversações e  plenários sucederam-se até à anulação da greve,  o que só veio a acontecer cerca de  12 de Junho. Pecando por tardia, a decisão  da Associação de Estudantes teve como consequência a  reprovação de muitos.  Anos depois, em 2005, encontrei-me noutra situação de greve, desta vez como professora. Por decisão do Ministério da Educação todos os professores foram convocados e os exames realizaram-se sem  percalços. Veremos como acaba agora....

domingo, 9 de junho de 2013

Levanta-te e anda!


A Ressurreição de Lázaro, a mesma temática em épocas diferentes. Mais de cinco séculos separam Giotto de  Van Gogh que, de forma expressiva e bem diferenciada, representam uma passagem muito conhecida do Evangelho. 

Betânia teria sido o local desta cena de que se podem fazer muitas leituras. Em todas, a  compaixão de Jesus. Hoje fixei-me no perdão, uma ideia que não sei explicar porquê. Ou talvez seja por estar  expectante quanto ao estado de saúde de Nelson Mandela. Perdoar, uma coisa tão  difícil e que  ele praticou com uma enorme  generosidade. Já para  os crentes tudo parece mais claro, uma vez que o arrependimento contrito sempre colhe a misericórdia de Jesus.  "Levanta-te e anda!", tal como disse a Lázaro,  uma palavra repetida  tantas vezes quantas forem as nossas falhas! 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Do Governo e dos comentadores políticos...


Dois anos de um Governo de que muito se esperava. O descontentamento não podia ser maior,  porque ninguém vê os resultados da austeridade. As empresas fecham e o desemprego atingiu  valores nunca vistos, um facto em crescendo que Passos Coelho foi encarando como uma "oportunidade"... E  com a maior naturalidade aconselhava  a emigração, um rumo que alguns, embora a contragosto, seguem. Ainda que lhes chamem  "piegas", que não são, os portugueses aguentam e sofrem a separação da família e amigos, para muitos dos quais  uma partida sem regresso. 

Da crise e do empobrecimetno geral andamos cansados até à exaustão. Sem afrontar a economia não se criam postos de trabalho e assim o ciclo vicioso prossegue: emigração, esgotamento do Pais a nível  demográfico, económico e cultural. Qual o futuro de Portugal com a saída maciça dos mais jovens e das elites?

Mais um desabafo. Primeiro, a falta de preparação da maioria dos governantes que, deslumbrados com o poder, falam e actuam com arrogância e insensibilidade. Já a nível externo, nas cimeiras e encontros  internacionais curvam-se e humilham-se aos interesses dos "maiores", revelando uma falta de combatividade e de pequenez confrangedoras.  Penalizam-se sempre os  mesmos, sem atacar as instituições, privilégios e  mordomias de alguns. Esse discurso demagógico do Governo sai-nos caro e, sinceramente, receio pelas consequências. Ainda não se vêem as vantagens de tantos assessores e  grupos de trabalho e também de comentadores políticos nos orgãos de comunicação do Estado.  Mais parecem a "voz do dono" que acenam um "sim" a tudo quanto o Governo faz. A título de exemplo: o sabido  discurso de Camilo Lourenço.  Tenho liberdade de mudar de canal de TV, podem dizer-me. Certo, mas aceitem também que, na minha condição de contribuinte, possa sugerir mais um corte na despesa. Dispensem estes comentadores da   RTP....